Os produtores rurais do Brasil alimentam o mundo. Em tempos de pandemia, mais do que nunca, a saúde e a economia dependem daquilo que sai do campo. Entre os desafios de quem planta, cria e exporta está o de conciliar a essas atividades um novo fator: armazenar, vender e transportar o que produz.

A pandemia provocou diversas mudanças no dia a dia no mundo inteiro. Uma delas, o isolamento social fechou as portas de restaurantes, food services e feiras livres. Muitos produtores, especialmente os pequenos, ficaram sem conseguir escoar suas vendas. No começo, foram semanas de agonia para as cadeias de hortaliças, frutas, flores, pescados, leite e ovos, que possuem milhares de pequenos e médios produtores — e que representam 85% das propriedades brasileiras com menos de 100 hectares, se adaptarem a nova realidade.

Depois de sofrer a pior queda da história recente em abril de 2020, a atividade industrial brasileira cresceu em julho pelo terceiro mês consecutivo e alcançou índices semelhantes ao período anterior a crise do novo coronavírus, aponta dados divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento do setor cresceu 7,4% no mês em comparação com junho, e acumula alta de 34,5% no último trimestre, valor 1,7% menor do que o registrado em fevereiro, o último mês antes do impacto da pandemia na economia nacional. No acumulado de janeiro a julho de 2020, o índice é 5% menor comparado com o mesmo período do ano passado. Com recuo histórico de 12,3%, o setor da indústria foi o mais impacto pela queda de 9,7% do Produto Interno Bruto (PIB), no segundo trimestre.

Um ano após o baque, hoje temos a certeza de que a pandemia do novo coronavírus em algum momento vai passar.